Friday, September 21, 2007
"Gratidão de ser
por estes anos
e partículas restantes.
Pela amizade,
que chega a confundir o amor.
Pela bondade,
que torna a solidão desvalida.
Pela hombridade,
à altura do céu.
Pela beleza,
que só à santidade
sobrepassa.
E é flagrante, perdulária,
noutros renascente.
Gratidão
que nem sabe
a quem deve ser grata.
Pelas aves nutrindo os filhos
de penugem e voo.
Pela lentidão escrupulosa
da tartaruga, igual à de Plutão.
Pela leveza materna do vento
transportando pólen.
Pelo calor humílimo
da joaninha sobre a nossa mão.
E por estar na terra
uma só vez, ao sol,
nada pedindo, nenhum segredo,
como um velho lobo-do-mar."
In António Osório, O LUGAR DO AMOR,
1985, Moraes Editores
por estes anos
e partículas restantes.
Pela amizade,
que chega a confundir o amor.
Pela bondade,
que torna a solidão desvalida.
Pela hombridade,
à altura do céu.
Pela beleza,
que só à santidade
sobrepassa.
E é flagrante, perdulária,
noutros renascente.
Gratidão
que nem sabe
a quem deve ser grata.
Pelas aves nutrindo os filhos
de penugem e voo.
Pela lentidão escrupulosa
da tartaruga, igual à de Plutão.
Pela leveza materna do vento
transportando pólen.
Pelo calor humílimo
da joaninha sobre a nossa mão.
E por estar na terra
uma só vez, ao sol,
nada pedindo, nenhum segredo,
como um velho lobo-do-mar."
In António Osório, O LUGAR DO AMOR,
1985, Moraes Editores
Comments:
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Boa escolha, Zé.
Nunca tinha ligado ao António Osório, de quem conhecia apenas meia dúzia de poemas e alguns dados biográficos.
Foi-me revelado pelo Daniel Abrunheiro. Fundamentalmente.
Um abraço e bom fim-de-semana.
PS- Temos de nos encontrar. Pode ser 2ª, n'Os Rochas?
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Nunca tinha ligado ao António Osório, de quem conhecia apenas meia dúzia de poemas e alguns dados biográficos.
Foi-me revelado pelo Daniel Abrunheiro. Fundamentalmente.
Um abraço e bom fim-de-semana.
PS- Temos de nos encontrar. Pode ser 2ª, n'Os Rochas?
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