Saturday, July 21, 2007

 
Há notícias frescas do Engº. Ferreira de Magalhães, filósofo
desempregado em férias forçadas no reino dos algarves,
disse-nos que por nada deste mundo trocaria a sua residência
habitual por esta confusa Babel. Tinha vivido com tão boas
intenções, alguns livros para melhor poder acompanhar as
tendências estéticas da época e afinal conclui que o que lhe
faz imensa falta são gramáticas e dicionários de inglês, francês,
alemão, o diabo que os carregue a todos que já mal se ouve falar
a língua dos nossos maiores, quanto a preços nem falar, e quem
tem casas e terras para vender aos estrangeiros? É vender
senhores, é vender, antes que acabe!
Em terra e no mar é agora mais imperioso do que nunca dizer
que ainda se salva o branco das casas e o sol doirado deste belo
Julho. E as mulheres, claro! Mas deste tema complicado não
deseja o nosso Engenheiro aprofundar as lições. Conhecimentos
supérfluos, coração ao alto, forte maresia no fim de tarde marítimo,
um engate com ligeiro toque a álcool, uma discoteca às escuras
rente às paredes, algumas apalpadelas, Deus meu, que pena
um homem não ter tempo, todo o tempo às escuras na noite,
um barco carregado de estrangeiras, uma cruzada, um cruzeiro,
uma cruz sob estes frágeis ombros de feiticeiro vagabundo,
perdido no Sul, com alguma sorte ao amor, que pena não ser
vingativo, dizia o marido da outra que não conseguia acertar nem
por nada, com esforço lá foi, pronto, ponto final.
Dizem que o Engenheiro tem uma sorte dos demónios. Bela sorte,
a ver pelas companhias, ah seu grande mulherengo, afinal bem
merecia ser desancado seu grande malandro.

(J.A.R.)

Comments:
Este Engº é uma delícia. Um abraço. Manuel
 
Uma relíquia?
 
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