Saturday, March 31, 2007

 
"estas orações separam a morte da vida rio da morte
e da vida rio do esquecimento onde fica o cais de
embarque? quantos saberão quantos esqueceram
tudo para sempre metáforas àparte com as palavras
mais simples haverá ainda que nomear o inominável
é urgente descobrir as estrelas no firmamento a terra
continuará a girar até ao seu fim tal como sempre
desde o princípio do verbo é infinita a vastidão do
universo e pouco sabemos do futuro mesmo se tratamos
da esperança que é a última coisa a morrer no coração
dos homens esperamos a claridade esperamos o rebento
da flor a felicidade nos olhos de todas as crianças deste
mundo tão néscio inventámos até a alegria contra a
morte contra o tédio dizemos tédio como quem diz
sabedoria o preço a pagar é demasiado pesado para
quem está vivo morrer é não saber morrer é não querer
saber da morte que se insinua como um punhal doirado
as palavras ferem é impossível aceitar a imbecilidade
destas horas de frustração e cupidez"

(J.A.R.)

Comments:
Ainda bem que regressaste. E já agora, vê lá entre os teus conhecimentos, se alguém nos ensina a arranjar um contador de visitantes.
Um abraço.
 
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