Friday, February 23, 2007

 
"Como Mallarmé, poderia dizer: Eis um livro como
os que eu não gosto. E não só pelas razões que o
poeta refere à frente das suas "Divagations" para
não gostar de livros assim, esparsos e privados
de arquitectura, mas por outra ainda, não menos
grave a meus olhos: a de não ter sabido distinguir,
na maioria destes escritos, a fronteira entre
prosa e poesia. Será que ninguém pode fechar os
ouvidos às suas vozes mais profundas?".

IN Eugénio de Andrade, OS AFLUENTES DO SILÊNCIO, 1974
Editorial Inova, Porto

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