Sunday, November 19, 2006

 
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Que importa o focinho do tempo a solidão do cão
não sabes nada de nada nós somos os restos do trovão
um terrível vento de poeiras cósmicas atravessou-nos
as entranhas impregnou-nos de terríveis manhas
não demos pelo peso dos múltiplos sóis
que nos sugam o esperma e o menstruo
o sangue jorra límpido e nítido e é belo o efeito
seminal na tua vagina mariposa ó bem amada rosa
botão ténue sinal do teu prazer do meu sinal
da minha vontade astral de possuir o luar
de te possuir ao luar de me possuir.

(J.A.R.)

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