Tuesday, November 07, 2006
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Sentado na margem esquerda deste calmo rio contemplas
a floresta e o seu forte canto, é o vento é o vento
em tempo de vendaval a ondular a uivar, ouves o murmúrio
das águas revoltas tão próximas tão perto de nós,
fitas o vasto horizonte em busca da decifração
do mistério da vida e da morte. Que tem a floresta
a ver com todos estes pensamentos? Falavas tão
sabiamente do amor inundado de alfazema, alecrim, aves
nocturnas com os seus presságios, as tuas mãos
cheias de carícias, a presença de um barco ancorado
no cais carregado de gente e nós prontos a embarcar
para portos distantes, não fora uma terrível dor
sobre os meus ombros de feiticeiro vagabundo
em busca de um deus que não existe e está
irremediavelmente morto. Falavas, pois, de ventos uivantes
e florestas de ulmeiros presos ao peso deste
outono inclemente e purificador. Peguei então
ternamente na tua mão e segredei-te: quem faz
perguntas, mente.
(J.A.R.)
Sentado na margem esquerda deste calmo rio contemplas
a floresta e o seu forte canto, é o vento é o vento
em tempo de vendaval a ondular a uivar, ouves o murmúrio
das águas revoltas tão próximas tão perto de nós,
fitas o vasto horizonte em busca da decifração
do mistério da vida e da morte. Que tem a floresta
a ver com todos estes pensamentos? Falavas tão
sabiamente do amor inundado de alfazema, alecrim, aves
nocturnas com os seus presságios, as tuas mãos
cheias de carícias, a presença de um barco ancorado
no cais carregado de gente e nós prontos a embarcar
para portos distantes, não fora uma terrível dor
sobre os meus ombros de feiticeiro vagabundo
em busca de um deus que não existe e está
irremediavelmente morto. Falavas, pois, de ventos uivantes
e florestas de ulmeiros presos ao peso deste
outono inclemente e purificador. Peguei então
ternamente na tua mão e segredei-te: quem faz
perguntas, mente.
(J.A.R.)
Comments:
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Tenho vindo a ler, aos poucos, o seu regresso. E que bom voltar a tê-lo ao nosso lado.
Ainda não é desta que lhe escrevo, porque gosto de o ler com o espirito sossegado, a sua escrita, já lhe disse, eu sei, é como um rio suave, deixamo-nos ir, e eu ando do lado das marés bravas e o barulho das ondas não me deixa sentir as palavras.
Mas José,
quero deixar-lhe um forte abraço e agradecer-lhe o seu apoio num dia que foi importante, a sua opinião contou muito. Estas coisas são mesmo assim, temos que agradecer com o coração.
Gosto em revê-lo.
Ainda não é desta que lhe escrevo, porque gosto de o ler com o espirito sossegado, a sua escrita, já lhe disse, eu sei, é como um rio suave, deixamo-nos ir, e eu ando do lado das marés bravas e o barulho das ondas não me deixa sentir as palavras.
Mas José,
quero deixar-lhe um forte abraço e agradecer-lhe o seu apoio num dia que foi importante, a sua opinião contou muito. Estas coisas são mesmo assim, temos que agradecer com o coração.
Gosto em revê-lo.
Olá, Alex, boa noite!
Muito obrigado pelas suas palavras.Escrevemos sempre para ser lidos, o contrário é que seria hipocrisia. Este rio da minha escrita às vezes também tem "marés bravas"!... O Luis Bernardo Honwanna, autor desse magnífico "Nós Matámos o Cão Tinhoso", disse-me um dia que a minha escrita oscilava entre a ternura e o soco no estômago...Creio que o Luís me leu bem.
Alex, retribuo o forte abraço e...até sempre!
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Muito obrigado pelas suas palavras.Escrevemos sempre para ser lidos, o contrário é que seria hipocrisia. Este rio da minha escrita às vezes também tem "marés bravas"!... O Luis Bernardo Honwanna, autor desse magnífico "Nós Matámos o Cão Tinhoso", disse-me um dia que a minha escrita oscilava entre a ternura e o soco no estômago...Creio que o Luís me leu bem.
Alex, retribuo o forte abraço e...até sempre!
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