Wednesday, April 05, 2006
O Difícil Comércio das Palavras..........7
Vais rebentar um dia destes, se não resolveres parar uns instantes, só o tempo suficiente para descobrires o cheiro das estevas, já que nem deste pelo porte digníssimo das oliveiras, sabes que idade têm? Trezentos anos, acredita, quantas tempestades por lá passaram, quantos ventos e marés, quantos fantasmas rondaram aquelas noites, quantos amorosos ninhos de pássaros albergaram as suas ramagens, e o finíssimo azeite quantos pratos regou? E acima de tudo quantos homens e mulheres se acolheram à sua sombra majestosa depois de cada sementeira? O descanso e o silêncio não têm limites. É a hora do entardecer na planície longínqua.
(J.A.R.)
Vais rebentar um dia destes, se não resolveres parar uns instantes, só o tempo suficiente para descobrires o cheiro das estevas, já que nem deste pelo porte digníssimo das oliveiras, sabes que idade têm? Trezentos anos, acredita, quantas tempestades por lá passaram, quantos ventos e marés, quantos fantasmas rondaram aquelas noites, quantos amorosos ninhos de pássaros albergaram as suas ramagens, e o finíssimo azeite quantos pratos regou? E acima de tudo quantos homens e mulheres se acolheram à sua sombra majestosa depois de cada sementeira? O descanso e o silêncio não têm limites. É a hora do entardecer na planície longínqua.
(J.A.R.)