Monday, April 10, 2006
Mar a Mar..........26
José Ribeiro, Meu Pai-III
Mesmo que a madrugada rompa como uma açucena é bom não esqueceres que o trigo se verga ao vento e que as ervas daninhas percorrem todo o campo em busca de alimento. Se ainda não esqueceste tudo, meu filho, lembra-te ao menos da forma maravilhosa do feijão irrompendo da terra naquela manhã de Junho em que ambos percorríamos a vinha e eu notei a tua estranha alegria enquanto ternamente me apertavas a mão.
Podes crer, Pai: não mais esquecerei o cheiro da terra e o sabor daquela água que bebemos juntos no vale, após uma longa caminhada pelos montes.
Recordarei sempre a leveza da tua mão poisada nos meus ombros.
(J.A.R.)
José Ribeiro, Meu Pai-III
Mesmo que a madrugada rompa como uma açucena é bom não esqueceres que o trigo se verga ao vento e que as ervas daninhas percorrem todo o campo em busca de alimento. Se ainda não esqueceste tudo, meu filho, lembra-te ao menos da forma maravilhosa do feijão irrompendo da terra naquela manhã de Junho em que ambos percorríamos a vinha e eu notei a tua estranha alegria enquanto ternamente me apertavas a mão.
Podes crer, Pai: não mais esquecerei o cheiro da terra e o sabor daquela água que bebemos juntos no vale, após uma longa caminhada pelos montes.
Recordarei sempre a leveza da tua mão poisada nos meus ombros.
(J.A.R.)