Saturday, March 25, 2006

 
Mar a Mar..........4

Canto a lua em noite ensolarada e mais aquela fiada de árvores pálidas rente ao ribeiro onde distraidamente coaxam as rãs e a anémona é agora tão importante como o abeto importado da Austrália.
Canto ainda os teus seios e a doce fecundidade do luar nesta hora propícia para o amor enquanto a multidão dorme na cidade. Cantarei tão alto como aquela montanha ali ao fundo rente às nuvens e esquecer-me-ei por momentos do avião em chamas na encosta.
Para quê rememorar as coisas tristes se o mais importante é ainda o fogo a irromper fortemente e a clara certeza do futuro onde nem um rio de lágrimas será suficiente para lavar a imundície da cidade.

(J.A.R.)

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